17 de dez. de 2007

"O que me dá raiva são as flores e os dias de sol..."

Não sou o tipo de garota que faz a linha sentimental.Acontece que ninguém é de ferro e,de uma semana pra cá,o bichinho da fossa me mordeu.Ou seja, algumas lágrimas foram derramadas e essa quantidade só não foi maior porque,durante todos os filmes românticos que assisti,minha mãe estava presente.É ótimo conseguir levar a vida de solteira numa boa. Sair,beijar quantos quiser e não ter que dar satisfação a ninguém(lembrando que eu particularmente odeio e não faço isso).O problema é que essa sensação não dura pra sempre e dói quando você cai na real e percebe que nos finais de semana que fica em casa,não tem ninguém pra te ligar,ou simplesmente te fazer companhia vendo a programação horrorosa de domingo na TV.Na verdade,o que me deixa triste,vendo essas cenas românticas,é pensar:será que,um dia,no final de tudo,ainda tenho a sorte de encontrar a sandália velha pro meu pé cansado?Brega,mas é a realidade.anta melação e sensibilidade afetaram o bom funcionamento dos meus neurônios.Não sei se já comentei alguma vez sobre a minha dificuldade de expressar sentimentos.Contrariando meu jeito de ser e devido ao momento "ninguém me ama,ninguém me quer" fiquei louca por alguns minutos e disse pro homem tudo o que sentia por ele.Curioso que,antes de começar a falar,senti um engasgo imenso,demorei anos pra terminar uma frase e senti uma sensação estranha e inexplicável.Vai ver que inconscientemente veio a minha cabeça as conseqüências (ruins) da última vez que me arrisquei nessa aventura de dizer o que está se passando por dentro.Enfim, como sempre digo,a palavra dita é igual à flecha lançada:não tem volta e,após fazer um discurso falando que eu gosto dele mais do que ele imagina e que só eu sei o que seria capaz de fazer pra gente dar certo,entre outras coisas,o cara nem se manifestou!!
E aí vai uma observação:gente traumatizada é o mal do mundo!